Testemunhos


Testemunho Católico


Ateísmo:

[Senhor], ninguém vos perde, a não ser quem vos abandona.E porque abandona, para onde vai ou para onde foge senão paralonge de ti misericordioso e para perto de ti irado? (Santo Agostinho, Confissões, 4, 9, 14)
Sempre gostei muito de ler, me instruir, curioso, questionador, essa constante busca por respostas e a adolescência me apresentando novos sabores a minha vida, fez com que gradativamente eu perdesse minha fé, primeiro passei ao agnosticismo acreditava que Deus existia mas não estava em nenhuma religião ou crença, eu o encontraria sozinho, assim sempre levei um vida reta, nunca bebi, nem fumei, nunca usei drogas, e procurava nunca fazer mal aos outros, e sempre que podia procurava ajudar o próximo achava que isso seria o suficiente,  cometia pecados graves ligados a luxuria, a gula, a soberba, mas como eu não via que isso era prejudicial a outrem nem a mim, achava natural.
Depois passei a ser Ateu, um Neo-ateu, ateu militante, passei a procurar debates, a “combater” os crentes, continuando meu estilo de vida “reto”, mas agora atacava, principalmente os protestante, evitava o embate com católicos em respeito a minha família, mas não negava meu ateísmo a ninguém. Nesse período me revoltei contra Deus, blasfemei, perdi totalmente a fé, estava mesmo convicto que Deus não poderia existir, que havia coerência nisso.
Depois relaxei, continuei na minha falta de fé, ateu, mas agora já não procurava o debate, ignorava, só quando instigado que me pronunciava.

Conversão:
“Eu sou fiel; nenhuma criatura se perderá sem saber. Aluz é muito diferente das trevas. A alma à qual eu costumo falar, eu a atraio sempre a mim; ao contrário, as artes do demônio tendem a distanciá-la de mim. Eu não inspiro nunca a alma temores que a distancem de mim; o demônio nunca coloca na alma medos que a façam aproximar de mim.”(São Padre Pio, carta de 07 de julho de 1913, narrando uma revelação que teve de Jesus numa visão) Depois de tanto lutar contra os protestantes, durante tanto tempo, sempre evitando o combate com os católicos, resolvi encarar esse desafio, resolvi atacar a Santa Igreja de Cristo, para tanto, comecei a ler, ler muito sobre a doutrina, os Patrísticos, a vida dos Santos, catecismo, li tudo o que encontrava sobre a Igreja Católica e seus dogmas, por mais que eu tentasse nunca conseguia refutar nada, quase 2000 anos de história, toda coerente, documentada, a Igreja me respondeu como os protestantes nunca me responderam, enquanto eles usava de “sola scriptura” o que eu conseguia refutar fácil, a Igreja católica me levou para um lado histórico, acadêmico, cientifico, um beco do qual eu não conseguia sair, em pouco tempo eu estava convencido da Santidade da Igreja, agora me faltava a fé, que logo veio! Deus acendeu novamente essa chama dentro de mim.
Voltei a ler a Bíblia, e sumiram de mim as dificuldades nas quais julguei encontrar contradições entre os livros. Compreendi a unidade daqueles livros e aprendi a me alegrar com tremor.

Sei que ainda estou vacilante, sei que preciso ainda purificar mais meu coração, o caminho de Deus agora me encanta, mas ainda titubeio a caminhar em seus estreitos desfiladeiros. Mas vejo uma Igreja tão cheia de fiéis, de Santos homens e mulheres que progrediram em direção ao paraíso, isso me motiva.

Vivo uma luta espiritual tremenda, meu frágil corpo ainda anseia por coisas mundanas, espero um dia poder minha alma dominar meu corpo, que com o mais leve comando guie minhas ações.

Essa hesitação, essa luta espiritual ainda me faz resistir, muitas vezes digo comigo mesmo: “Vamos! Mão a obra! Sem demoras!” e quase passava da palavra para a ação, mas não agia. Tenho evitado ao máximo minhas antigas práticas, mas sei que estou bem próximo. Esse mal enraizado parece me puxar mais que o bem, afinal eu não tenho esse habito do bem.

Por fim, minha conversão se deu, por  Deus Pai, Jesus, do espirito Santo, mas me levaram até eles, a Santissima Virgem Maria, por causa dela, sempre evitei, quando ateu, combater a Igreja Católica; Santo Agostinho, com seu exemplo de conversão; São Padre Pio, com todo seus carísmas; São Francisco de Assis, com seu desprendimento e humildade; São Jeronimo e sua coragem; Santo Irineu, e sua fé tremenda; entre tantos outros Santos homens, que li sobre suas vidas e que inspiram a tantos até hoje. Também ajudou para me arrastar de volta o magistério da Igreja, o Papa Bento XVI, e o Padre Paulo Ricardo.

Por incrivel que pareça, algumas palavras entraram na minha cabeça na época de minha conversão, acredito que me ajudaram, e acho que devemos todos lembrar delas, são:
κύριε ελέησον = (kýrie eléison) = Senhor, Piedade. (durante muito tempo era só isso que eu conseguia orar)
ταπεινός δούλος = (tapeinós doúlos) = Humilde Servo. (como na história do filho pródigo, se eu não fosse aceito como filho que ao menos fosse servo)

Hoje, a oração de São Francisco me conforta várias vezes quando tô meio aperriado, e o Santo Rosário, o terço é todo dia, me faz lembrar quem eu realmente sou nesse mundo e me da força pra seguir.

Se eu puder dar um conselho, senhores e senhoras, voltem a Santa Igreja, ela os acolherá de braços abertos, busquem os sacramentos, penitência, penitência, penitência (como no terceiro segredo de fátima), confissão, confissão, confissão (como é bom ouvir: “vai em paz, seus pecados estão perdoados.” Essa é uma das maiores graças deixadas por Cristo à nossa Igreja), eucaristia, o mais belo de todos a eucaristia, recebam  corpo de Cristo.

Gleidson Macedo de Mesquita

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